17/04/11

a violação

O bairro estava especialmente escuro naquela noite. Os candeeiros permaneceram apagados depois do sol se pôr e não havia luz que se pudesse aproveitar da lua. Amadeu via as pedras da calçada volta e meia, quando estas se mostravam aos faróis de um ou outro carro que passava.
Chegado a uma das ruas que devia atravessar para continuar o seu caminho, ele hesitou. As paredes dos prédios que lhe davam forma eram altas e estavam tão próximas que podia tocar-lhes ao mesmo tempo, se abrisse bem os braços. Sentiu um leve receio pois não conseguia ver mais do que uma mancha negra. Mas não esperou muito, inspirou fundo e avançou, em passos apressados.
Quando já conseguia ver o fim da rua, Amadeu teve a certeza que nenhum mal lhe ia acontecer e apressou o passo mais um pouco para lá chegar mais depressa. Contudo, subitamente e sem perceber como, sentiu um objecto frio e aguçado nas suas costas, logo seguido de uma voz feminina:
- Despe-te.
Ficou imóvel, assimilando aquilo que lhe estava a acontecer. A voz repetiu, um pouco mais alto e marcando todas as sílabas pesadamente:
- Despe-te!
Amadeu começou a tirar a camisa e antes de desapertar o último botão voltou a ouvi-la:
- Tira tudo e deita-te de barriga para cima.
Tirou os sapatos, as calças e a roupa interior até ficar completamente nu e, já deitado, a mulher algemou-o enquanto lhe encostava aquilo que parecia uma chave de fendas ao pescoço. Olhou para cima e viu-a, por entre sombras confusas, levantar a curta saia até à cintura, deixando a descoberto a pequena penugem da púbis. Depois, aproximou-se da cabeça de Amadeu e, virada para os seus pés, sentou-se na sua boca, obrigando-o a beijar os lábios já húmidos.
- Agora lambe, se não queres ficar sem ele. – disse-lhe, enquanto o agarrava pelo pénis, o qual endureceu timidamente na sua mão.
Ela foi-se movendo para a frente e para trás, oferecendo mais amplitude ao toque da língua e quando sentiu que Amadeu se excitava, sorriu. Aumentou a força e a rapidez com que esfregava a vagina na cara da sua vítima e, tendo o seu sexo atingido o tamanho máximo, começou a masturbá-lo.
- Vejo que não sentes um toque feminino há muito tempo.
- É verdade. – respondeu-lhe com a boca cheia de um líquido que escorria de dentro da mulher.
- Então é melhor continuares a lamber mais depressa, se não queres que eu pare.
Ele obedeceu e ela quase que saltava em cima da cara, atingindo o orgasmo pouco tempo depois. Amadeu ainda não se tinha vindo e a mulher continuou a masturbá-lo com a cona na sua boca. Quando sentiu que ele estava prestes a deixar jorrar uma quantidade considerável de esperma... parou.
- Não, não pares! Por favor!
- Portaste-te muito bem mas tenho de ir. – disse-lhe, enquanto se levantava e baixava a saia. Depois, atirou a chave das algemas para trás de uns contentores de lixo e afastou-se.
Amadeu não aguentava aquele sofrimento e masturbou-se até se vir, mesmo antes de procurar a chave, vendo a mulher desaparecer na escuridão.

3 comentários:

murmuria disse...

Foi inteligente da tua parte não descrever a figura dela, assim é o leitor que cai na tentação de a imaginar toda jeitosa, quando na realidade pode não ser.

De resto, com violações destas, era ver a criminalidade e, ao mesmo tempo, a qualidade de vida a aumentar exponencialmente ;D

T disse...

Já quando li o teu pequeno conto fiquei com esta sensação. Tu tens uma líbido muito peculiar, rapaz!

Alexandre disse...

murmuria, lol. ainda estamos à espera da continuação da tua outra historinha.

T, obrigado (acho eu).